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A morte de um Potro

César Oliveira e Rogério Melo

Na pata do potro
O talho do arame
Do sangue no pasto
O golpe no chão...
Se desata a rédea
E a campana do estrivo
Vai somando nos basto
Numa prece do rincão!

A morte de um pingo
Na lida da doma
É tristeza que assoma
No olhar de um campeiro...
Se vinha blandeando
Terceando com a espora
Num berro, que agora,
É silêncio ao potreiro!

Assim cruza o rastro
O índio vaqueano
Buscando o abandono
do que amadrinhou;
Saber da trompada
Queu viu contra o mato
E o potro veiáco
Se descogotou!

Retomam chilenas
E as cordas de arrasto
A cincha e os basto
Numa ausência de lombo...
Ficou um pedaço
De pampa estendido
E o pago sentido
No quadro de um tombo!

Talvez a querência
Anoiteça mais triste
Mas o campo se arrima
Na sorte de um outro...
Ficou murada
Lembrando do estouro
Na falta do couro
Dos garrão de potro!

espera

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