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Quando O Tiro Do Fuzil Disparar

Realidade Cruel

Compositor: Eduardo / Facção Central / Flagrante / Realidade Cruel

Se falta comida no prato e sem motivo pra sorrir
Se tem mais um corpo furado de bala na maca da UTI
Se tem mais irmão algemado dentro da viatura
ou ensangüentado na porta do Banco no fracasso da fuga
É lamentável ibope pra reportagem,
O choque de alta voltagem
Te transforma num louco selvagem
que da tiro de fuzil,
Na civil quando aparece,
Que manda 4,5,6,7 pro IML,
Guerra no trafico, final é sempre trágico
triste pra família e doloroso no dia dos finados.

É embaçado recordar em meio a guerra
Os muleques na rua de Terra
Se acabando no pó e na pedra
É foda o que me choca saber que no final
Sua vida minha vida vale menos que um real,
Normal pra quem persiste em frente,
A tela assistindo o Big Brother
Ou o espetáculo de horror no Ratinho.

Se é pra sorrir se é pra chorar
Vem me dizer vem me ligar,
Rarr barulho louco de fuzil AHK
Estraçalhando a cabeça de um presidiário,
Que incendiou o pavilhão da penita do Estado
É lamentável infelizmente a mesma merda
O ódio que vem da miséria atinge de sangue a favela,

Eu to narrando sem piedade
Infelizmente que muitos não sabem
Realidade Cruel sem maquiagem

Ratata quando o tiro do fuzil
Disparar não adianta chorar nem rezar
Ratata,quando o tiro do fuzil
Disparar não adianta rezar

Não entra pra sonhar com habeas corpus
Uma vez no crime esquece a chuteira da loto,
Ocos pocos da cartola não sai coelho,
No fim não tem tio patinhas nadando no dinheiro,
Eu fiz uma trilhas de sangue da mansão até o Distrito,
Pra ser Best Seler com o meu meu rosto num livro.

Só quando um preso esfaquear meu pescoço
Um cineasta vai da o papel da minha vida pra um ator da
Globo,
No cemitério clandestino deixei sua casa seu bracelete,
Ganhei meu poster com recompensa na parede
É foda vê que pro careca que não sabe lê
É só coletiva na frente do logo do garra no DP.

Arrisco a vida na rodovia, de fuzil russo
Cato a carga, pro boy da sony recebeu seguro
Meu pivete quer tirar do seu RG,
Meu nome não quer ser meu clone
Super homem não deixa o filho passa fome,
Enceno o psicose porque o Brasil me fez de brinquedo
Bincou até quebrar, é não tem mais conserto,
Sem conceitos de terror sem Mosar nem chopam
Sem Bethovem vai ser enforcado com a gravata amanhã,
Rico deve ter doença psíquica nem Freud
Explica qual é o tesão de ser fotografado pela policia
cientifica,

Eduardo sem piedade falando o que muitos não não sabe
Facção Central sem maquiagem.

Ratatata quando o tiro do fuzil
Disparar não adianta chorar nem rezar
Ratata, ratata quando o tiro o fuzil
Disparar não adianta rezar

Cena louca pra lá de trágica,
Morte hemorrágica, tiro de automática
explodindo a massa cefálica
mas um que subiu na neblina
sei lás e foi dividida ou treta de quadrinha
então horripilante efeito bumerangue
quem mata também morre,
volta ao pó seca o sangue

Socorro pra quem?
Pra Deus maluco agora é tarde
do que adiantou a blindagem
pro moleque bem louco de crack
que espera o boy sai da cherokee
pra enquadrado com a faca
na porta da agencia bancaria
a reação foi várias na cara
é só o sangue espirando no vidro
do carro importado
do Book na porra do shopping,
vai criança pedindo um tocado,

outra vaca de chofer
na saída do restaurant4e
com brincos de ouro branco,
anéis dos dedo do puro diamante
vão lembrar desesperados

que no caixão é só solidão
não cabe os quilos de jóia
nem os dolar nem a mansão ladrão

sanguinário na cena do loco Arranca a orelha sequestro relâmpago na mão a ponto quarenta
sem dó vão rezar vão tremer
vão chorar vão lembrar de Jesus quando o fuzil
metralhar click cleck cleck Pânico
São Paulo refem do medo
Carnificina, trafico
Assalto velório intero

Eu to narrando sem piedade
o que muitos infelizmente não sabe
Realidade Cruel sem maquiagem

espera

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